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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Olá voce ! Apareça! Let's do it!

Olá Buda! Quando estava na faculdade, um amigo pediu que eu o ensinasse a ser criativo. Nem sempre se pode ser Deus, mas naquele dia eu consegui. Disse pro camarada: "Erre!" Ora, deus falou pra Adão não comer a maçã, mas se quisesse realmente evitar a mordida, não teria dito nada. Vá falar pra uma criança não pôr o dedo na tomada!... A recomendação divina era a própria serpente. Tratando-se de conhecimento, pro bem ou pro mal, errar é a única resposta certa. Basta olhar pros gênios da humanidade, pra gente notar a importância do erro. Gênio só vira gênio depois que erra. O problema é que todo o mundo só quer acertar, aí vira bolo de caixinha. A receita do bolo novo só quem conhece é o erro. João, por exemplo, errou no jazz e acertou a bossa nova. Jorge errou na bossa e acertou o sambarroque - com dois erres de "barroco", com dois erres de "erro". Arre! Meu amigo queria errar, mas queria acertar no erro. Com o perdão da amizade: não deu! Não dá pra errar sem errar. Eis o dilema das escolas. Professor só consegue ensinar o certo. Não sabe ensinar a errar. O erro é o desabrochar da originalidade individual, exclusivamente eu. O certo é a escola. O estável. O ordinário. O incerto é o aluno. O instável. O extraordinário. Se todos errássemos, o mundo seria ímpar. O certo é chato, monótono, branco sem preto. Quem gosta do certo é o Diabo, reacionário. Deus, criativo, aprecia mesmo é um belo dum errão. Lúcifer e Adão que o digam.

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