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domingo, 1 de setembro de 2013

Encontrei este texto nas minhas gavetas surreais e resolvi compartilhar com quem estiver vendo, se souberem  da autoria me avisem!

"Olá Buda! Se Heráclito fosse sabonete, esfregaria em nossa cara a seguinte declaração: tudo passa. Depois nos diria que por isso não conseguimos tomar banho duas vezes no mesmo chuveiro, nem usar o mesmo sabonete. Diria também que nosso banho entra pelo ralo do tempo, deságua no rio da transformação e depois volta num agora, onde nem nós, nem o chuveiro, nem o volume saponáceo dele (Heráclito) são os mesmos. Se Platão fosse xampu, nos diria que não sabe o que sai do chuveiro, mas o que chega na nossa cabeça não é água: é apenas molhado. Diria também que isso é fundamental pra não escorregar no sabonete, ou melhor, no que Heráclito disse. Se Newton fosse azulejo, diria que um exemplo clássico de escorregão é a questão do tempo, que roda, roda, mas que ninguém consegue acertar os ponteiros. Se Einstein fosse o espelho embasado, diria que o motivo está na nossa frente e que já passou da hora de reconhecermos que, assim como é impossível meter a mão na água, também é impossível meter a mão no espaço. Diria também que tal ciência que chamamos de Física é o velho Rei Midas, pois tudo que toca no espaço vira tempo. Agora, se Raul Seixas fosse a torneira do chuveiro, nos diria o oposto do que disse antes. E fim de banho."

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