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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

To be or not to be?

"A partir do momento que nos acostumamos com certa dose de prazeres derivados de nos destacarmos, de chamarmos a atenção das pessoas, é possível que a simples inexistência dessa condição já seja percebida pela nossa consciência como desagradável e triste. Ou seja, o fato de não nos destacarmos por certo período de tempo, deixa de ser vivenciado como ausência de prazer e passa a ser  sentido como desprazer.  Assim, à medida que nos viciamos com a vaidade - como meio de neutralizar nossas dores – a sua não realização faz reaparecer as sensações de inferioridade que ela trata de esconder. Dessa forma, a ausência de satisfação exibicionista passa a ser geradora de dolorosa sensação de humilhação de estarmos por baixo de novo. Neste caso a sensação de inferioridade tem base absoluta. Se por outro lado, estamos numa fase discreta e outra pessoa de nosso convívio se destaca e atrai as atenções; poderemos nos comparar a ela e nos sentirmos humilhados por tomarmos ela como padrão, aqui a sensação de inferioridade é relativa. Quando a humilhação é percebida por comparação com uma situação de maior destaque do outro, ela poderá gerar ressentimentos contra a pessoa em evidência e essa é a raiz do que se chama inveja."

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